O apelido dado pela Volkswagen ao Polo foi “mini-Golf”, inclusive em propagandas e peças de publicidade espalhadas em diferentes meios. Na prática, há quem veja o Polo e o chame carinhosamente de “Golzão”. Quem está realmente certo em relação a esses carros? Porque, convenhamos, a percepção do cliente é muito importante. O novo Jetta ficou com cara de Passat? E o Virtus de Jetta?
Confuso? Que nada, tudo normal e previsível com os carros da VW, portanto fique tranquilo, você não está sozinho ao zombar os veículos “iguais”, mas de categorias diferentes. Ah, antes que você pense que estou criticando ou usando a VW como “bode expiatório”, ela foi uma referência por pura comodidade, afinal essa história se repete com praticamente todas as fabricantes de veículos, aqui e no mundo.
Pense agora nos SUVs que a Volvo lançou nos últimos dois anos. Volvo XC90, XC60 e XC40 são carros praticamente idênticos por fora, com design e propostas muito semelhantes. Até mesmo o interior é padronizado, mas é claro que cada um deles tem seu pacote próprio de acessórios, além de tamanhos e preços bem diferentes.
A questão dos carros iguais é relativamente simples de explicar sob o ponto de vista econômico, mas a verdade é que também há embasamento sócio-emocional para este conceito de “família”. O veículo menor que se parece com o maior tenta entregar mais status e dar ao seu proprietário um fator de diferenciação no segmento em que atua.
Ao mesmo tempo, os carros semelhantes alimentam o desejo pelos “irmãos maiores”, que parecem acessíveis também porque se parecem com os demais da mesma marca. No caso de concorrentes, também é fácil notar semelhanças, além de muitas plataformas e projetos criados de forma conjunta. As picapes Renault Alaskan, Nissan Frontier e Mercedes-Benz Classe X são prova atual disso (algo que, aliás, já acontece há muito tempo, a exemplo de Ford Verona e VW Apollo).
Equilibrar saúde financeira, investimento em novos projetos, carros mais seguros e interessantes e diferenciais competitivos têm sido o desafio da indústria automobilística desde sempre, mas a acirrada concorrência e os ciclos econômicos mais acentuados, principalmente em países como o Brasil, tornam essa “corrida” bastante interessante.
É natural que por aqui predominem os carros compactos, que contribuem com resultados na base do volume de vendas, mas modelos aspiracionais também precisam ser oferecidos, afinal as margens são mais interessantes para as fabricantes nas camadas mais caras de seu cardápio. O Paulo, do excelente canal Carcará, fez uma análise pessoal sobre toda essa história de estarmos diante de carros iguais, assista e veja se você concorda com ele.
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