Vale a pena ter um carro com câmbio CVT? Segundo especialistas, a Transmissão Continuamente Variável (em inglês, Continuously Variable Transmission) é uma das opções mais confiáveis em termos de funcionamento, robustez e aproveitamento de torque.
Outra vantagem clara deste mecanismo – aplicado em veículos europeus, americanos, japoneses e (em alguns modelos) franceses – é a redução de até 10% no consumo de combustível, uma vez que o motor funciona de forma mais uniforme, com a faixa de rotação ideal. Por esta razão, ele é muito usado em elétricos e híbridos.
No Brasil, há diversos exemplos de carros já dotados dessa tecnologia, destacando-se os da Honda, da Subaru, da Mitsubishi, da Toyota e da Nissan, que passou a aplicar seu câmbio CVT (o X-Tronic), antes usado apenas em automóveis de luxo, também nos compactos.
Versões do Nissan March e do Versa nesta categoria, ano 2017, chegaram ao custo de R$ 58.390 (March 1.6 SL CVT) e R$ 66.290 (Versa 1.6 Unique CVT). Ambos estão na lista dos automáticos mais baratos vendidos no país.
Quando se trata de caixas de câmbio – parte fundamental na força mecânica do motor de um carro -, há quatro tipos principais: as manuais; as convencionais; as automatizadas de uma embreagem e de dupla embreagem; e as de última geração como o CVT.
Nessa forma de transmissão inovadora, o tipo mais comum funciona com duas polias de tamanhos diferentes, interligadas por uma correia metálica (ou corrente) de alta resistência, que se move de acordo com a pressão no pedal do acelerador.
O funcionamento é bem parecido com o sistema de catracas de uma bicicleta com marchas, sendo que as trocas são feitas de forma automática de acordo com a velocidade.
Aos motoristas de primeira viagem em carros autônomos pode parecer um pouco difícil, no início, criar uma conexão com o possante da mesma maneira que mantinham com os de câmbio manual.
Mas os carros automáticos são, sobretudo, uma opção ideal para quem busca desempenho e economia com o menor esforço na hora de dirigir. Pessoas com alguma deficiência ou dificuldade motora, inclusive, são grandes beneficiárias deste atributo.
Em outro artigo do AutoVídeos, explicamos o funcionamento dos câmbios automatizados de dupla embreagem, como o DSG e Powershift.
Câmbio CVT proporciona carro sem ‘trancos’
Sem aqueles trancos comuns em carros manuais quando há troca de marcha errada, a transmissão continuamente variável tem um movimento simples que reduz bastante o risco de quebras e outros problemas nos carros em que é usada.
Por não apresentar engrenagens, as relações de marcha do CVT são infinitas e praticamente imperceptíveis para o motorista, permitindo aceleração suave, contínua e silenciosa.
É claro que há condutores que, mesmo dispondo de um maior conforto no trânsito com este mecanismo, pedem por mais emoção. De olho nisso, fabricantes como a Toyota (Corolla) e a Renault (Fluence) oferecem alguns modelos mais avançados que simulam a sensação de passagem de marchas, assim o condutor pode se sentir, ainda que virtualmente, mais ativo no controle do carro.
Manutenção e custos de um carro automático
Por questões de segurança e prejuízos inesperados, um carro de câmbio automático como o CVT requer manutenção periódica e mais rigorosa que a de um veículo manual.
É preciso estar atento, por exemplo, ao tempo de troca de óleo. Especialistas recomendam que ela seja feita antes mesmo do prazo recomendado pelas montadoras, mas o fluido deve seguir à risca o indicado de fábrica.
Ainda que esse ajuste custe algo na faixa de R$ 300, pode significar evitar um custo ainda maior, na casa dos R$ 4 mil (no mínimo), caso haja necessidade de reparação no sistema de transmissão.
Outro cuidado está relacionado a deixar o câmbio fazer seu trabalho: acelerar e soltar o pedal várias vezes, sem necessidade (enquanto aguarda a abertura de um sinal no trânsito, por exemplo) acelera o desgaste do CVT por fazê-lo trabalhar em alta temperatura.
Por dentro do “X-Tronic”, o câmbio CVT da Nissan
Os quatro vídeos abaixo mostram, em detalhes, o funcionamento de um câmbio CVT. Um deles, produzido pela equipe do excelente canal Manual do Mundo, explica o mecanismo de um jeito ainda mais fácil e didático para quem é iniciante no assunto.
Os apresentadores usam como modelo um X-Tronic real da Nissan. Não sem, antes, mostrar como funciona a marcha de uma bike, o que torna melhor a compreensão da nova tecnologia de ponta em crescimento no mercado. Veja a seguir:
PS: Lembre-se de se inscrever no canal do AutoVideos no Youtube, e também siga-nos no Instagram (@autovideos_oficial) para ficar por dentro das novidades.
Deixe seu comentário: