Para onde vai o mercado de Carros e Caminhões no Brasil? Fórum discute o cenário e tendências do setor automotivo

O momento mais grave da crise no mercado automotivo brasileiro parece ter ficado para trás, mas a retomada das vendas ainda deve ser lenta e gradual. Essa é a principal conclusão resultante das discussões apresentadas no VIII Fórum da Indústria Automobilística, realizado pelo portal Automotive Business em São Paulo.

O excelente evento, acompanhado pelo AutoVideos, contou com palestras, debates e discussões envolvendo importantes participantes da indústria, especialistas e consultores.

Em relação ao panorama, é importante lembrar que o Brasil viveu nos anos anteriores a 2014, um verdadeira bolha nas vendas de veículos. Esse processo foi decorrente das intervenções governamentais que estimularam o crédito, o endividamento e a antecipação da demanda por parte de consumidores e empresas.

Desde então, o mercado acompanhou a economia e mergulhou na mais grave crise de todos os tempos, com queda de vendas e aumento dos estoques e da ociosidade das fábricas. Pelo lado dos consumidores (como todos nós sentimos), houve impactos provenientes do aumento da inflação, dos juros, do dólar e do desemprego.

Mas agora o primeiro trimestre já aponta uma ligeira recuperação no mercado de carros em relação a 2016, especialmente considerando o faturamento das empresas. No setor de caminhões e demais veículos pesados, ainda houve uma nova queda acentuada e a expectativa é de que as melhorias sejam mais lentas.

Em linhas gerais, as empresas estão buscando algumas soluções voltadas para o aumento da produtividade e incremento das exportações. Por isso, os números de veículos produzidos deve crescer um pouco mais do que as vendas no Brasil neste ano. Vale destacar que, embora tímida, essa recuperação é mais consistente do que no passado considerando que não estão havendo estímulos artificiais do governo, como isenção de IPI.

Para o segundo semestre e anos posteriores, principalmente em função da provável queda acentuada dos juros (taxa SELIC), aguarda-se uma recuperação um pouco mais acelerada, mas ainda assim gradual. Para tanto, é necessário também que ocorram soluções em relação à crise política, trazendo mais previsibilidade e aumentando a confiança dos compradores e empresários.

Quanto aos consumidores, infelizmente não existem expectativas de alteração no cenário de que temos os carros mais caros do mundo. Dessa forma, considerando os altíssimos impactos financeiros para comprar e manter um veículo no Brasil, é cada vez mais importante que sejam buscadas compras conscientes, tanto de automóveis novos como usados.

Veja no vídeo a seguir, produzido pelo canal do Automotive Business no Youtube, o balanço do evento, com detalhes e entrevistas.

Deixe seu comentário: