De acordo com as informações apresentadas recentemente pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governo apresentará ao Congresso Nacional uma proposta prevendo um deficit das contas públicas de R$ 170,5 bilhões em 2016. Trata-se de um elevadíssimo rombo decorrente das despesas que superam as receitas, sem contar ainda o pagamento dos juros. Agora imagine, por exemplo, se esse montante fosse investido na compra de ônibus escolares.
Pensando nesse exercício hipotético, é possível realizar uma estimativa de que poderiam ser adquiridos impressionantes 850.000 (oitocentos e cinquenta mil) ônibus para o transporte escolar. Para realizar esse cálculo meramente ilustrativo, foi considerado um preço médio de cerca de R$ 200 mil por ônibus.
Esse custo por veículo levou em conta notícias de que, nos anos anteriores, os preços dos ônibus escolares variavam entre R$ 139 a 250 mil. Além disso, em 5 anos de implementação do Programa Caminhos da Escola, foram adquiridos 25800 ônibus com investimento de R$ 5,2 bilhões (o que dá uma média próxima ao valor que usamos como referência).
O objetivo deste texto é o de procurar realizar uma comparação prática, para que você possa ter uma ideia melhor do que representa a deterioração brutal nas finanças do governo federal.
Finalmente, é preciso lembrar que essa proposta funciona como uma espécie de “teto” para o tamanho do rombo, e decorre de uma revisão nas contas públicas feita pela atual equipe do presidente em exercício, Michel Temer. A proposta anterior, do governo Dilma Rousseff, previa um deficit de R$ 96,6 bilhões.
Veja a seguir algumas imagens de ônibus escolares (muitos dos quais com aplicação para o fora de estrada) que foram adquiridos nos últimos anos no âmbito do Programa Caminhos da Escola.
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